O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, espera que a quarta aplicação de quimioterapia seja a última do ciclo de tratamento e espera ter recuperado plenamente suas forças até o final do ano.
Chávez, que já passou por três aplicações do tratamento quimioterápico desde julho, disse nesta terça-feira que deve iniciar a parte final do tratamento contra o câncer nos próximos dias.
Após encerrada esta fase, será realizada uma avaliação médica em outubro para “verificar a ausência de células malignas” e o presidente, de 57 anos, vai se concentrar nos exercícios e num regime saudável, afirmou Chávez.
“Meus médicos estão surpresos com o fato de a quimioterapia não ter me abatido com força”, disse Chávez em ligação telefônica transmitida pela televisão estatal. “E não apenas fisicamente, mas mentalmente também.”
Chávez, que cancelou uma reunião de gabinete nesta semana por causa de uma infecção de garganta, disse que estará completamente saudável até dezembro, quando vai participar da campanha para sua reeleição em 2012.
Alguns analistas políticos dizem que embora os partidários de Chávez tenham se reunido em torno do líder durante sua doença, ainda é preciso esperar para ver se sua saúde vai permitir que ele retorne à corrida presidencial.
O ex-oficial do Exército tem dado poucos detalhes sobre sua saúde. Embora Chávez afirme que está livre do câncer, ele não revelou o tipo da doença que o acometeu e combate seus opositores que o criticam pela falta de informações médicas detalhadas. Funcionários do governo dizem que Chávez teve um tumor do tamanho de uma bola de beisebol retirado em Cuba em 20 de junho.
Segundo Luis Vicente Leon, pesquisador de analista político de Caracas, o índice de aprovação de Chávez não sofreu alterações significativas desde que ele anunciou que tinha câncer, em junho. O presidente, que teve níveis de aprovação ao redor de 70% durante sua reeleição em 2006, tem oscilado ao redor de 50% desde o ano passado, disse Leon.
Na sexta-feira, Chávez disse que planeja realizar no dia 2 de dezembro a adiada abertura da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, a Celac. Chávez, que é a força motriz por trás do grupo regional que exclui os Estados Unidos e o Canadá, cancelou a reunião em julho por causa de sua saúde. As informações são da Dow Jones.