O grupo internacional de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) acusou, nesta terça-feira, alguns integrantes armados da oposição síria de praticar abusos que incluem sequestro e tortura de forças de segurança, um sinal da crescente complexidade do levante contra o governo do presidente Bashar Assad.

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O comunicado do HRW é divulgado no momento em que a rebelião síria está se transformando numa insurgência, com muitos desertores militares e outros oponentes do governo pegando em armas para expulsar Assad. As ações dão uma nova dimensão violenta ao conflito, que já matou pelo menos 8 mil pessoas desde março de 2011.

“As brutais táticas do governo sírio não podem justificar abusos por parte de grupos opositores armados”, declarou Sarah Leah Whitson, diretora para o Oriente Médio do HRW. “Líderes opositores devem deixar claro a seus seguidores que eles não devem realizar torturas, sequestros ou execuções em quaisquer circunstâncias. ”

O levante sírio começou principalmente com protestos pacíficos contra o governo, inspirados na Primavera Árabe. Mas o regime reagiu violentamente, abrindo fogo contra os manifestantes e detendo milhares de manifestantes. Assad justifica a repressão afirmando que terroristas e extremistas estrangeiros comandam a revolta.

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O HRW, grupo sediado em Nova York, divulgou seu comunicado numa carta aberta ao Conselho Nacional Sírio, grupo de oposição a Assad. O grupo destacou que muitos grupos contrários ao governo relataram que muitos dos que realizam abusos não parecem pertencer a uma estrutura organizada de comando ou seguir ordens do Conselho Nacional Sírio.

Mas a liderança opositora síria tem a responsabilidade de denunciar e condenar tais abusos, afirmou o HRW. O grupo também disse que recebeu relatos de execuções de integrantes das forças armadas e de civis realizadas por grupos opositores armados.

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O Conselho Nacional Sírio não respondeu aos pedidos da Associated Press para comentar o caso. As informações são da Associated Press.