Horst Koehler é reeleito presidente da Alemanha

Horst Koehler conquistou neste sábado um segundo mandato como presidente da Alemanha, em uma votação parlamentar que significou uma vitória simbólica dos conservadores liderados pela primeira-ministra Angela Merkel, alguns meses antes das eleições nacionais alemãs.

Koehler, um político popular de 66 anos e membro do partido Democrata Cristão de Angela Merkel, ex-dirigente do Fundo Monetário Internacional (FMI), obteve apoio dos parlamentares para mais um mandato de cinco anos. O cargo de presidente na Alemanha detém pouco poder político e é mais figurativo.

“Eu gostaria de ajudar a preservar o que é valioso e mudar o que é necessário”, disse Koehler em breve discurso após a votação. Koehler obteve 613 votos da assembleia de 1.224 integrantes, formada por deputados federais e representantes enviados por 16 estados da Alemanha federal.

Ele venceu a desafiante Gesine Schwan, do partido de centro-esquerda Social Democrata, que teve 503 votos. O líder do Partido da Esquerda, Peter Sodann, teve 91 votos e o candidato da extrema esquerda, Frank Rennicke, apenas quatro votos.

A presidência na Alemanha, que tem autoridade moral mas pouco poder político efetivo, deveria estar acima das disputas partidárias. Mas a eleição presidencial no Parlamento ocorre apenas quatro meses antes das eleições nacionais, nas quais tanto Merkel quanto seu chanceler social democrata Frank-Walter Steinmeier estarão ávidos para encerrar a “grande coalizão” dos dois maiores partidos políticos da Alemanha, o Democrata Cristão e o Social Democrata.

Em 2004, Merkel, então líder da oposição, ajudou a eleger Koehler à presidência, com o apoio dos Democratas Livres, grupo que ela irá preferir para formar nova coalizão de governo se vencer as eleições de 27 de setembro. Os Democratas Livres, formados por empresários, apoiaram a reeleição de Koehler neste sábado. Merkel e o líder dos Democratas Livres, Guido Westerwelle, congratularam Koehler pela reeleição.

Uma derrota de Koehler neste sábado seria um sinal negativo para a candidatura Merkel nas eleições de setembro e uma surpresa para os sociais democratas, de centro-esquerda.