Tensão

Hong Kong diz que movimento Occupy está fora de controle

O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, disse hoje (12), em entrevista à cadeia TVB, que o movimento Occupy está “fora de controle” e afastou qualquer possibilidade de diálogo. Chun-ying, também conhecido por CY Leung, destacou, contudo, que o movimento não deve ser considerado uma “revolução”.

O líder da administração chinesa de Hong Kong observou que os protestos não podem continuar por muito tempo. “Os últimos fatos mostram que ninguém pode indicar em que direção o movimento vai seguir”, disse o governante.

CY Leung acrescentou que o governo tem a “responsabilidade de fazer cumprir a lei”, mas destacou que o movimento “é muito especial”, razão pela qual tanto o Executivo quanto a autoridade policial “continuam a administrar o incidente com tolerância máxima”.

Nesse sentido, o governo vai continuar tentando convencer os manifestantes a deixar as ruas do centro de Hong Kong e, se tiver necessidade de intervir, irá fazê-lo recorrendo aos meios mínimos necessários.
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Sobre o diálogo com os manifestantes, CY Leung disse que mantém “possibilidade zero” na agenda. Na quinta-feira (09), a secretária-chefe Carrie Lam cancelou reunião com os diversos movimentos, argumentando que eles não podiam sentar-se à mesa e pedir maior participação popular nas ruas.

“O diálogo não pode ser utilizado como uma desculpa para incitar mais pessoas a juntarem-se aos protestos”, declarou Carrie Lam quando anunciava aos jornalistas a ruptura das conversações.

Entre as causas das manifestações de Hong Kong está a decisão de conceder à população da antiga colônia britânica a possibilidade de, em 2017, eleger o líder de governo, em um processo que estará limitado à escolha prévia dos candidatos por um comitê eleitoral controlado por Pequim.

Os manifestantes não aceitam a posição política de Pequim e querem escolher livremente o líder, sem entraves nem escolhas prévias dos candidatos. Na entrevista, CY Leung garantiu que não pedirá demissão e lembrou que sua resignação também não iria resolver qualquer questão, porque a decisão sobre o futuro político de Hong Kong – tal como ocorre em Macau – cabe ao Comitê Permanente da Assembleia Nacional Popular.

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