O presidente de Honduras, Porfírio Lobo, assinou hoje o Acordo de Cartagena das Índias, que estabelece as condições para a readmissão do país centro-americano à Organização dos Estados Americanos (OEA) e permite o retorno a Honduras do ex-presidente José Manuel Zelaya, informou a presidência hondurenha.
Além de informar a assinatura do documento, a presidência tornou público o texto do acordo, que será rubricado ainda hoje em cerimônia oficial na cidade colombiana de Cartagena. Zelaya confirmou que voltará a Honduras em 28 de maio.
Em seguida, Lobo viajará a Manágua, na Nicarágua, onde terá reuniões com os presidentes da Nicarágua, Daniel Ortega, de El Salvador, Mauricio Funes, e da Guatemala, Alvaro Colom, com os quais discutirá temas regionais como a segurança e também a volta de Honduras à OEA.
Na assinatura em Cartagena, foi anunciado o auxílio dos presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Venezuela, Hugo Chávez, os quais impulsionaram desde abril o processo de medição para resolver a crise política hondurenha, que começou após Zelaya ser derrubado por um golpe de Estado em junho de 2009.
Um comunicado da presidência hondurenha afirma que “com a assinatura deste acordo, o presidente (Lobo) cumpre com o mandato expressado pelo povo nas urnas em novembro de 2009, no sentido de obter a unidade e a reconciliação nacionais, para que vivamos em paz e tranquilidade”.
O chamado Acordo de Cartagena também será assinado pelo chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, pela chanceler da Colômbia, María Holguín, e pelo presidente colombiano Santos como testemunha. A decisão de assinar o acordo foi tomada na noite de ontem, após quatro dias de intensas negociações. As informações são da Associated Press.
