Homens armados cercaram novamente uma área costeira no Quênia – popular entre os turistas locais – pela segunda noite de ataques. Ao todo, a onda de violência deixou mais de 50 pessoas mortas.
Os ataques ocorridos durante a noite desta segunda-feira atingiram vilas próximas a Mpeketoni, uma cidade conhecido pelo comércio, onde dezenas de homens armados vestidos com uniformes militares tiraram a vida de pelo menos 48 pessoas na noite anterior e, em seguida, fugiram para a floresta da região.
A Cruz Vermelha do Quênia ainda estava aguardando mais informações para avaliar o número de mortos nas ofensivas mais recentes em Poromoko e Pagani, disse uma fonte. Mas os moradores de Mpeketoni que estiveram em contato com as aldeias vizinhas disseram que, pelo menos, nove pessoas haviam morrido.
“Nós pensávamos que tudo acabou ontem”, disse David Njoroge, um pastor cristão que disse ter entrado em contato com as aldeias.
Não ficou imediatamente claro quem estava por trás do último ataque. Em um comunicado divulgado na segunda-feira, o grupo militante somali al-Shabaab disse ter realizado a ofensiva em Mpeketoni, em retaliação ao envio de tropas quenianas para a Somália. O grupo também denuncia execuções extrajudiciais no Quênia de estudiosos muçulmanos, o que Nairóbi nega. O Al-Shabaab assumiu a responsabilidade por um grande número de ataques no Quênia, incluindo a ofensiva de quatro dias no ano passado em um shopping center na capital.
A polícia disse que receberam reforços – em dois caminhões na segunda-feira – e montaram patrulhas na região. Dezenas de corpos foram colocados em uma tenda branca do lado de fora do hospital da cidade para que os membros da família identifiquem as vítimas na terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.