Um terapeuta negro que estava tentando acalmar um paciente autista no meio da rua, nos Estados Unidos, disse que foi baleado pela polícia mesmo tendo posto as mãos para o alto e dito repetidamente aos oficiais que ninguém estava armado.
Os momentos que antecederam os disparos foram registrados por um celular e mostraram Charles Kinsey deitando no chão com suas mãos ao alto, dizendo falando com seu paciente e com a polícia que o cercava.
“Contanto que eu esteja com minhas mãos erguidas, eles não vão atirar em mim. Isso era o que eu estava pensando”, disse Kinsey à WSVN-TV, do hospital onde ele se recuperava de um ferimento de tiro na perna. “Uau, eu estava errado”.
O episódio vem em meio a semanas de violência envolvendo a polícia. Cinco policiais foram mortos em Dallas há duas semanas e outros três morreram baleados no domingo, em Baton Rouge, Louisiana. Antes dessas mortes, um homem negro, lton Sterling, 37, foi morto a tiros pela polícia durante uma briga com dois policiais brancos em uma loja de conveniência.
Em Minnesota, Philando Castile, de 32 anos, que também era negro, foi baleado e morto pela polícia durante uma blitz. Celulares capturaram vídeos do assassinato de Sterling e Castile, desencadeando protestos em todo os EUA. Fonte: Associated Press.