A maioria das pessoas que votaram em um referendo holandês, nesta quarta-feira, rejeitou um acordo de livre comércio entre a União Europeia e a Ucrânia, e, com todos os votos contados, ficou claro que o limite de 30% de participação de eleitores foi atingido e o resultado seria válido.
Cerca de 32,2% dos eleitores compareceram, de acordo com as emissoras NOS e RTL. Segundo a agência estatal ANP, 61,1% dos que votaram rejeitaram o acordo e 38,1% votaram a favor. Os votos restantes foram brancos ou nulos.
Como esperado, a votação evidenciou o ceticismo arraigado sobre o lugar deste país na Europa. A Holanda é um membro-fundador da UE, um país comercial que se beneficia do mercado interno do bloco, mas, paradoxalmente, é um celeiro do ceticismo sobre o grupo, e rejeitou a Constituição proposta pelo bloco em um referendo em 2005.
O que exatamente vai acontecer com o acordo agora permanece incerto.
Mas em uma primeira reação, o primeiro-ministro, Mark Rutte, disse que “se a participação está acima de 30%, com uma grande vitória para a campanha do ‘não’, você não pode apenas seguir adiante e ratificar o tratado”.
No entanto, Rutte disse que não teria pressa em agir, afirmando que quer discutir o resultado com seu gabinete, a UE e o Parlamento holandês, um processo que pode durar semanas. Fonte: Associated Press.