Investigadores holandeses tiravam fotografias detalhadas da fuselagem de um Boeing 737 da Turkish Airlines e analisavam nesta quinta-feira (26) as gravações das caixas pretas da aeronave em uma tentativa de descobrir o motivo pelo qual o aparelho perdeu repentinamente velocidade e altitude e caiu em um campo aberto a apenas três quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, deixando nove mortos e 86 feridos. O voo TK1951 procedente de Istambul perdeu altitude no momento em que se preparava para aterrissar em Schiphol. O avião partiu-se em três pedaços, espalhando destroços e bagagens em um campo de plantio próximo do aeroporto. A aeronave levava a bordo 134 pessoas, entre passageiros e tripulantes.
Apesar do impacto, a fuselagem não se incendiou e dezenas de pessoas sobreviveram com escoriações superficiais. Os feridos foram socorridos em hospitais próximos. Seis pessoas continuavam em condições críticas de saúde hoje. Fred Sanders, porta-voz da agência holandesa de segurança em transportes, disse que os gravadores de voz e dados já foram encontrados e enviados a Paris, onde serão analisados. Segundo ele, o resultado deve demorar alguns dias para ser conhecido.
Tanto o piloto como o copiloto morreram na queda, mas os investigadores pretendem entrevistar outros tripulantes, passageiros e testemunhas para determinar o que causou a tragédia. Binali Yildirim, ministro dos Transportes da Turquia, informou que Ancara enviou à Holanda uma equipe de especialistas para ajudar nas investigações. Ele elogiou o piloto pelo número relativamente baixo de vítimas. “Eu gostaria de homenagear o piloto, que, ao custo de sua própria vida, garantiu um baixo número de vítimas”, declarou.