A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, qualificou o vazamento de centenas de milhares de telegramas diplomáticos norte-americanos como um ataque não apenas a seu país, mas à comunidade internacional como um todo e disse que o episódio mina a confiança entre as nações.

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Em seu primeiro comentário público desde o vazamento de informações pelo site WikiLeaks.org, ocorrido no fim de semana, Hillary disse também que o vazamento de comunicações secretas da chancelaria norte-americana é um “ato ilegal”. A chanceler norte-americana afirmou ainda que o governo dos Estados Unidos está “perseguindo agressivamente” os responsável pelo vazamento. Apesar do vazamento de mais informações, Hillary declarou-se “confiante” de que as parcerias dos EUA vencerão os desafios representados pelas revelações.

Turquia

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, “simplesmente odeia Israel” por razões religiosas, afirmou um diplomata dos EUA em um documento vazado ontem pelo WikiLeaks. O texto é um resumo de uma conversa com o embaixador de Israel na Turquia, Gabby Levy, sobre as frequentes críticas de Erdogan, após Israel lançar uma violenta ofensiva na Faixa de Gaza no ano passado.

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“Nossas discussões com contatos tanto dentro como fora do governo turco sobre a piora das relações turcas com Israel tendem a confirmar a tese de Levy de que Erdogan simplesmente odeia Israel”, afirma o texto.

Levy aparentemente rejeitou a hipótese de cálculo político doméstico como um motivo para a hostilidade de Erdogan. Segundo o diplomata israelense, a reação ocorre pois o líder turco é muçulmano e pertence ao Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de raízes islâmicas.

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“Ele é um fundamentalista. Ele nos odeia religiosamente e seu ódio está se disseminando”, disse Levy, segundo o documento. As informações são da Dow Jones e Associated Press.