Dois anos depois de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter lançado uma ofensiva para conquistar a China, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ainda não sabe dizer se os chineses são amigos ou inimigos. “A razão pela qual estamos estendendo o tapete vermelho e recebendo o presidente Hu Jintao em visita de Estado é que achamos que teremos uma resposta melhor para essa pergunta se seguirmos adiante”, disse Hillary em entrevista à emissora de televisão ABC.
“Bem, minha expectativa é que tenhamos um relacionamento normal”, afirmou a chefe da diplomacia norte-americana quando pressionada a dizer se a China é amigo ou inimigo. Hillary disse esperar “um relacionamento muito positivo, cooperativo e amplo, no qual, em algumas áreas, vamos competir. Não há dúvida sobre isso. Mas em muitas áreas, vamos cooperar”.
Durante uma visita à China em novembro de 2009, Obama declarou que os EUA e a China não deveriam ser adversários. A administração Obama era, na época, acusada por críticos de relativizar as condições dos direitos humanos na China para satisfazer Pequim, já que buscava uma parceria para resolver a crise econômica mundial e lutar contra as mudanças climáticas.
Recentemente, porém, o governo norte-americano endureceu sua postura em relação aos direitos humanos. Em discurso feito na última sexta-feira, Hillary pediu à China que liberte dissidentes e melhore o tratamento dispensado às minorias, prometendo não evitar o assunto durante a visita de Hu Jintao ao país. As informações são da Dow Jones.