Hillary Rodham Clinton tentou fazer com que sua campanha presidencial voltasse aos trilhos ao admitir que deveria ter usado uma conta de e-mail do governo durante o período em que ocupou o cargo de secretária de Estado. A declaração teve como objetivo acabar com as discussões sobre o caso.

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O foco nos e-mails de Hillary tem atrapalhado o que deveria ser o início tranquilo de sua campanha presidencial, no mês que vem. A ex-secretária de Estado é considerada a principal favorita para a nomeação democrata, embora ainda não tenha entrado oficialmente na corrida eleitoral.

Hillary havia planejado passar o mês de março promovendo seu trabalho sobre igualdade feminina, uma questão importante para alguém que pode vir a se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos. Mas em vez disso, as dúvidas sobre seus e-mails dominaram suas atividades na semana passada, depois da revelação de que ela usou uma conta de e-mail pessoal durante seu trabalho no Departamento de Estado e que fez isso por meio de um servidor privado, mantido em sua casa, num subúrbio de Nova York.

A prática levantou dúvidas sobre se ela cumpriu as regulamentações exigidas de autoridades do governo para preservar comunicações por escrito no que diz respeito a questões oficiais.

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Durante coletiva de imprensa, realizada na terça-feira na Organização das Nações Unidas (ONU), depois de um discurso sobre o direito das mulheres, Hillary prometeu que todos os seus e-mails relacionados ao trabalho serão disponibilizados para o público, “para que todos vejam”.

Mas ela também reconheceu que apagou dezenas de milhares de e-mails relacionados a questões pessoais e rejeitou os pedidos de republicanos para que permitisse que seu servidor particular fosse analisado por uma empresa independente.

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“O servidor contém comunicações pessoais do meu marido e minhas e eu acredito que cumpri todas as minhas responsabilidades. O servidor continuará a ser algo privado”, afirmou ela aos jornalistas, que se amontoaram num corredor para fazer perguntas a Hillary, já que foi sua primeira entrevista coletiva em mais de dois anos.

Embora os democratas afirmem que a questão dos e-mails de Hillary é algo com que os eleitores não vão se preocupar no dia da votação, o silêncio da ex-secretária de Estado fez com que vários senadores democratas pedissem a ele que relatasse sua versão dos fatos.

Para os republicanos, a controvérsia representa uma oportunidade para manchar a imagem de Hillary num momento em que pesquisas mostram que ela lidera em relação a todos os candidatos republicanos. Fonte: Associated Press.