Os senadores Barack Obama e Hillary Clinton voltam a se enfrentar em uma primária presidencial na terça-feira (22), na Pensilvânia. A última vez que o dois estiveram frente a frente nas urnas foi em março, no Texas e em Ohio. Seis semanas se passaram, mas o roteiro continua o mesmo. Se Obama vencer, será o candidato democrata. Para que isso não aconteça, Hillary precisa não só da vitória, mas de um milagre.
De acordo com analistas, esse milagre seria uma seqüência de vitórias arrasadoras, por mais de dez pontos porcentuais, nas últimas dez primárias que restam, incluindo a Pensilvânia. "Quanto maior for a diferença, melhor", disse o consultor político Hank Sheinkopf, que há três décadas trabalha para candidatos democratas. "Ela precisa ganhar bem na Pensilvânia, senão a pressão para que ela desista será insuportável.
A maioria das pesquisas indica que a senadora deve vencer na terça-feira, mas apertado. A vantagem sobre Obama é de cerca de cinco pontos porcentuais, insuficiente para mudar o rumo da corrida presidencial, mas o bastante para mantê-la respirando.
As últimas pesquisas colocam a senadora cinco pontos porcentuais atrás de Obama em Indiana. A tarefa seria ainda mais difícil na Carolina do Norte, onde ela tem uma desvantagem de 15 pontos. Mesmo que Hillary tire da cartola vitórias sobrenaturais daqui para frente, ainda ficaria atrás de Obama em duas contagens cruciais: número de delegados e voto popular.
