A ex-primeira-dama Hillary Clinton acusou o senador Barack Obama, rival dela nas disputa pela nomeação do Partido Democrata para a disputa da presidência dos Estados Unidos, de ser "elitista" e de estar distante dos eleitores.
A senadora por Nova York caracterizou seu rival dessa forma depois de ele ter sugerido que os operários estão "recorrendo às armas e à religião" como resultado da perda de trabalho nas antigas cidades industriais do país.
"Eles ficam amargurados, recorrem às armas e à religião ou à antipatia a pessoas diferentes ou ao sentimento contra imigrantes ou contra o comércio para explicar suas frustrações", disse Obama durante um evento em São Francisco na semana passada.
Numa reunião anual da Associated Press em Washington, Obama alegou ter sido mal entendido, mas admitiu ter escolhido mal as palavras. Ele reagiu ao ataque de Hillary afirmando esperar esse tipo de crítica do republicano John McCain, mas não de uma democrata.
Obama disse ainda que não se distanciaria "da questão maior que pretendia levantar", que era abordar o descontentamento dos trabalhadores que perderam para a globalização o emprego e o padrão de vida que tinham.
Ao mesmo tempo, o senador questionou nesta segunda-feira (14) a oposição de Hillary Clinton a determinados acordos de livre comércio buscados pelos Estados Unidos.
A troca de farpas entre os pré-candidatos se intensifica à medida que se aproxima a primária do Partido Democrata na Pensilvânia, onde Hillary tem vantagem nas pesquisas e tem a chance de reduzir a vantagem de Obama na disputa pela indicação democrata.
No mesmo encontro da Associated Press, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, também criticou os comentários de Obama. "Esse é o povo que produziu uma geração que tornou o mundo seguro para a democracia. Essas pessoas têm valores espirituais e culturais que tem muito pouco a ver com sua condição econômica", declarou McCain.
