A pré-candidata do Partido Democrata Hillary Clinton visitou nesta terça-feira uma igreja afro-americana próxima ao local onde houve distúrbios em Ferguson, no Missouri, e disse que a bandeira dos Confederados “não devia tremular em nenhum lugar”. O comentário é feito após o ataque à igreja em Charleston, na Carolina do Sul, que deixou nove mortos.
Hillary também elogiou o Wal-Mart e outras redes por anunciar que pararão de vender produtos com a bandeira dos Confederados. Ela disse esperar que outras empresas adotem a mesma posição.
Desde o ataque em Charleston, foram divulgadas fotos na internet do suspeito branco no caso, Dylann Roof, com uma bandeira dos Confederados, para muitos hoje em dia um símbolo racista. As imagens geraram um debate nos EUA sobre o papel dos símbolos dos Confederados no país atualmente. Os legisladores estaduais da Carolina do Sul abriram um debate para a possível remoção da bandeira do complexo de prédios do Legislativo local.
“Não podemos nos esconder das verdades difíceis sobre raça e justiça”, disse Hillary, que participou de uma conversa com líderes religiosos e comunitários. A igreja visitada fica a alguns quilômetros do local onde o jovem negro Michael Brown foi morto a tiros por um policial branco no ano passado em Ferguson, gerando os piores distúrbios raciais em anos no país.
Os afro-americanos são uma parte leal da base política de Hillary. Uma pesquisa do Wall Street Journal e da NBC News mostrou que 81% desse grupo tem uma avaliação positiva dela, acima dos 73% de uma pesquisa realizada nos primeiros meses do ano. Fonte: Dow Jones Newswires.