A senadora Hillary Clinton desafiou seu rival na luta pela candidatura democrata, o senador Barack Obama, a concordar com a realização de novas primárias no Michigan e na Flórida. Nesta quarta-feira (19), ela disse que seria "errado e não-americano" o fato de as delegações dos dois Estados não participarem da Convenção Nacional do Partido Democrata, marcada para agosto em Denver. "O senador Obama fala de forma apaixonada na campanha sobre dar poder ao povo americano", disse a ex-primeira-dama, atualmente atrás do rival em número de delegados. "Hoje peço a ele que converta suas palavras em atos.
Obama ainda precisa declarar apoio ou oposição à medida. Mas seu comitê de campanha já levantou uma série de questões legais e de procedimento sobre a proposta para se realizar em junho a primária no Michigan. "A proposta oferece uma nova votação para um Estado, mas não para todos os eleitores", escreveu Bob Bauer, advogado da campanha de Obama. Bauer advertiu para uma série de desafios legais e problemas possíveis para o partido. Segundo o advogado, eleitores independentes ou democratas que votaram nas primárias republicanas estariam impedidos de participar da nova votação.
Flórida e Michigan realizaram suas primárias em janeiro, em uma data que violava as regras do Partido Democrata. Com isso, tanto a Flórida quanto o Michigan correm o risco de perder o direito de enviar delegados à convenção nacional do partido. Isso significa que 313 delegados não darão seus votos em uma das mais acirradas disputas da história pela candidatura democrata.