A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, pediu hoje que o Irã aceite uma oferta dos EUA e de outras potências para negociar o fim de suas atividades nucleares. “Nós já deixamos claro nosso desejo de resolver os problemas com o Irã diplomaticamente. O Irã deve agora decidir se pretende se unir a nós nesse esforço”, afirmou Hillary a especialistas em relações internacionais, dias antes do início da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para a semana que vem em Nova York.

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Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França – mais a Alemanha pretendem se reunir com o principal negociador nuclear do Irã, Saeed Jalili, em 1º de outubro. Hillary advertiu que o Irã – que, segundo os EUA e Israel, entre outros países, tem um programa nuclear secreto para construir armas nucleares – deve sofrer novas sanções, caso não queira dialogar. Segundo ele, haveria “custos” para a “contínua rebeldia iraniana”, entre eles “mais isolamento e pressão econômica, menos possibilidade de progresso para o povo do Irã”. Teerã argumenta que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos, como a produção de energia.

Protestos

Nesta sexta-feira, milhares de iranianos protestaram contra o governo de Mahmoud Ahmadinejad, em atos reprimidos pela polícia e por milicianos. “Desde junho, nós vemos o governo iraniano envolvido em uma campanha de prisões motivadas politicamente”, além da “supressão da liberdade de expressão”, afirmou Hillary. A oposição protesta pelos resultados das eleições de junho que deu a vitória a Ahmadinejad. Para os reformistas, porém, houve fraudes generalizadas. As informações são da Dow Jones.

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