A secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton expressou seu apoio ao “corajoso” protesto das sauditas contra a proibição de dirigirem automóveis no país. Foi o primeiro comentário público da secretária de Estado sobre a questão, que se tornou um problema nas complexas relações entre os governos saudita e norte-americano.
Um dia depois de o Departamento de Estado ter dito que estava tratando da questão por meio de “diplomacia silenciosa” e não com pronunciamentos públicos, Hillary elogiou as manifestantes e destacou que elas estão agindo por conta própria, em nome de seus direitos, e não a mando de pessoas de fora, como ela mesma.
As declarações de Hillary foram feitas depois que as ativistas pediram a ela que usasse seu cargo como a principal diplomata dos Estados Unidos e conhecida defensora dos direitos das mulheres e se pronunciasse em apoio ao grupo.
“O que estas mulheres estão fazendo é corajoso e o que elas buscam é direito, mas os esforços pertencem a elas”, disse Hillary a jornalistas durante um encontro com jornalistas no Departamento de Estado com o secretário de Defesa Robert Gates e seu homólogo do Japão. “Eu estou tocada pela ação e as apoio, mas quero destacar o fato de que os eventos não vêm de fora do país. São as próprias mulheres que querem ser reconhecidas”.
Os protestos colocaram o governo Obama, e Hillary em particular, numa posição difícil. Enquanto Hillary e outros funcionários graduados da administração norte-americana consideram ofensiva a proibição para que mulheres dirijam na Arábia Saudita, o governo confia cada vez mais nas autoridades sauditas para manter a estabilidade no Oriente Médio e no Golfo Pérsico, em meio a levantes que acontecem em todo o mundo árabe. Por isso, algumas autoridades têm sido relutantes em se opor aos sauditas na questão da direção feminina. As informações são da Associated Press.
