Hezbollah sepulta mortos em ataque nas Colinas de Golã

O Hezbollah se preparava nesta segunda-feira para sepultar os combatentes mortos no dia anterior. Segundo o grupo, as mortes aconteceram durante um ataque aéreo israelense na Síria. Teerã anunciou que um general iraniano também morreu com os seis membros o grupo xiita libanês.

O suposto ataque aéreo – nem confirmado nem negado por Israel – representou um sério golpe para o Hezbollah, profundamente envolvido e sobrecarregado por causa da guerra civil na Síria, onde os combatentes do grupo lutam ao lado das forças do presidente Bashar Assad. Dentre os seis combatentes mortos está o filho de um chefe militar do Hezbollah que foi assassinado, a figura mais proeminente a morrer até agora no conflito no país vizinho.

Também nesta segunda-feira Teerã confirmou que um general iraniano também foi morto no ataque israelenses, realizado no domingo nas Colinas de Golã. A confirmação foi feita por meio de um comunicado publicado no site da Guarda Revolucionária Iraniana.

O documento diz que o general Mohammad Ali Allahdadi estava em missão na Síria, oferecendo “conselhos cruciais” para que os sírios combatam os terroristas, uma referência aos rebeldes sunitas e extremistas islâmicos que lutam contra as tropas de Assad. O comunicado diz também que Allahdadi será sepultado nos próximos dias.

Os Hezbollah diz que seus combatentes foram atacados enquanto “inspecionavam posições” próximas à fronteira, controlada por Israel, nas Colinas de Golã.

As mortes também elevaram as tensões entre Israel e o poderoso movimento xiita libanês, que recentemente afirmou ter foguetes que podem atingir qualquer parte do território israelense. Mas foi também um retrocesso para o Hezbollah, já que aconteceu após a confirmação de seu líder, xeque Hassan Nasrallah, que na semana passada afirmou que a organização descobriu e prendeu um graduado integrante do grupo, que estava espionando para Israel.

O funeral de Jihad Mughniyeh, filho de Imad Mughniyeh, importante membro do Hezbollah assassinado em 2008 em Damasco, e de um dos seis integrantes do grupo mortos no ataque, aconteceu na tarde desta segunda-feira no sul de Beirute, reduto do Hezbolllah.

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou que “condena vigorosamente” o ataque aéreo, que descreveu como “terrorismo de Estado” de Israel. Fonte: Associated Press.

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