Os Estados Unidos, segundo estudos do Pentágono, e seu fiel aliado, o governo britânico, estão, já há algum tempo, se preparando para uma invasão ao Iraque e a derrubada de Saddam Hussein. A palavra oficial partiu do primeiro ministro Tony Blair, ao afirmar que “Sadam Hussein e as armas de destruição em massa que ele adquiriu há muito tempo são uma ameaça e disso não temos a menor dúvida”.

O regime de Saddam Hussein vem sendo pressionado pelo governo americano, sob a ameaça de uma intervenção militar, para que permita a volta dos inspetores da ONU ao país, hipótese que foi rejeitada pelo governo iraquiano.

O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, que se lançou numa viagem praticamente de inspeção pela Europa, falando a respeito, não escondeu objetivos: “Se vamos tratar da questão dos inspetores, queremos, como governo, que o regime de inspeção não tenha nenhuma limitação, para que de fato o mundo esteja seguro de que Saddam Hussein não está escondendo nada”.

Agora, além do Iraque, os Estados Unidos já desejam avançar mais um pouco. O relatório do Pentágono, divulgado pela imprensa americana, indica planos de perigo de utilização de armas nucleares por outros sete países: Irã, Iraque, China, Síria, Coréia do Norte, Líbia e Rússia.

Mas, os Estados Unidos não têm armas nucleares? Todos sabemos que sim.

Os EUA, entretanto, negaram que tenham algum plano de atacar com armas nucleares, mesmo em resposta a ataques terroristas que novamente venham a receber.

Dick Cheney declarou que os Estados Unidos, dentro de suas atividades diárias, não ameaçam nuclearmente nenhuma nação. Por que “dentro de suas atividades diárias”?

É curioso como as nações tratam da questão nuclear. Os grandes países, EUA, Inglaterra, França, etc., se julgam no direito de dominar as armas nucleares porque são nações confiáveis. Sim, confiáveis num período de paz. Mas, e fora disso?

E o presidente Bush foi enfático: “Todo terrorista deve viver como um fugitivo internacional. Sem lugar para planejar ou organizar atentados, sem lugar para se esconder, sem nenhum governo para lhe proteger, nem um lugar para dormir seguro”. Muito bem. E se algum governo acreditar que esse terrorista merece abrigo? O que teremos? Uma hecatombe.

P.S. – “A piedade só tem um inconveniente, o olhar do alto.” (Andrew Taylor Still, médico americano falecido em 1917.)

continua após a publicidade

continua após a publicidade