Havana realiza operações contra ações ilegais

As autoridades cubanas realizam em Havana operações sistemáticas contra a "indisciplina social e ilegalidades", comentou um veículo da imprensa local. O jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista, descreveu medidas desse tipo em um mercado central de Havana, onde foram aplicadas multas a meia centena de infratores, alguns dos quais "sancionados penalmente".

Em três operações nos últimos 15 dias, desenvolvidas no chamado mercado étnico da cidade, "foram detectados mais de 50 vendedores de produtos industriais e artesanais de procedência duvidosa". Segundo o jornal, essas ações são parte de um programa de enfrentamento às ações ilegais e "indisciplinas sociais", que preocupam o governo porque podem frustrar o "futuro socialista" do país.

As operações são realizadas por uma equipe formada por inspetores da Direção Integral de Supervisão, a Comissão do Sistema de Prevenção e Atenção Social, a Promotoria, e a polícia. Antes da sistematização dessa medida, "os ilegais nos faltavam com o respeito. Até nos ameaçavam", declarou ao Granma José Bonet, administrador do salão central do mercado onde ocorrem as operações.

"A indisciplina social era muito grande e se haviam apropriado praticamente dos portais e do entorno", disse Bonet.

O conceito de indisciplina abarca delitos e contravenções como o comércio ilegal de alimentos e artigos industriais, e a prestação de serviços não autorizados fora da esfera estatal ou sem o pagamento de impostos, além de atos de vandalismo em geral e condutas variadas consideradas anti-sociais ou que perturbem a tranqüilidade.

Sobre os vendedores ambulantes, o ex-presidente Fidel Castro, afastado de seus cargos públicos, qualificou-os como "quinta coluna" em uma de suas "reflexões" de abril.

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