Militantes palestinos dispararam foguetes da Faixa de Gaza contra a cidade israelense de Sderot neste sábado (10), depois de um ataque de aviões da Força Aérea israelense que deixou cinco policiais palestinos mortos. Segundo as autoridades israelenses, os guerrilheiros do movimento palestino Hamas dispararam 21 foguetes contra Sderot, atingindo uma casa e o pátio de uma escola. Ninguém ficou ferido.

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O prefeito da aldeia palestina de Khouza, dentro do território de Gaza, disse que soldados israelenses dispararam foguetes incendiários contra plantações de trigo e legumes, inutilizando a safra.

Também em Gaza, o responsável pelo fornecimento de energia elétrica, Kanaan Obeid, anunciou que todas as três turbinas da única usina termelétrica que abastece a cidade foram desligadas, porque Israel suspendeu o fornecimento de combustível há vários dias. Quase toda a Cidade de Gaza estava às escuras na noite deste sábado (10).

Todo o combustível que abastece o território palestino de Gaza, assim como alimentos e outros produtos, entram no local via Israel. A única outra fronteira de Gaza é com o Egito, o principal aliado dos EUA no mundo árabe, e o governo egípcio do general Hosni Mubarak mantém essa passagem fechada, a não ser em emergências humanitárias.

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Um porta-voz militar israelense disse que o fornecimento de combustível para a usina de Gaza foi suspenso porque militantes palestinos haviam lançado foguetes contra o posto usado para fazer as entregas. Esse argumento contradiz a declaração do porta-voz do governo de Israel, David Baker, segundo o qual "Israel continua a fornecer combustível e bens humanitários vitais para Gaza. Não há motivo para essa usina ter sido fechada. Esse é mais um exemplo de orquestração de uma crise artificial pelo Hamas, com objetivos políticos. Mais uma vez, o Hamas está mostrando seu completo desprezo pelo bem-estar do povo palestino".

O Hamas governa Gaza desde que venceu a eleição parlamentar palestina de janeiro de 2006. No ano passado, depois de uma série de confrontos armados entre militantes do Hamas e do partido derrotado Fatah, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, que é do Fatah, destituiu o governo do Hamas e nomeou um aliado como primeiro-ministro.

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O governo do Fatah tem sede em Ramallah, na Cisjordânia (outro território palestino ocupado por Israel). Em Gaza, porém, o Hamas continua a ser a força dominante. As informações são de agências internacionais.