O Hamas não está disposto a aceitar o acordo de cessar-fogo apresentado pelo Egito. Líderes do grupo radical islâmico dizem concordar apenas com propostas que envolvam a retirada israelense da Faixa de Gaza e o fim do bloqueio imposto ao território palestino. O plano egípcio prevê uma série de itens, entre eles a reconciliação da organização com o Fatah e a entrada de forças internacionais para monitorar a fronteira com o Egito.

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“Uma iniciativa para ser aceita deve ter como base os termos estabelecidos pelo movimento desde o início (do confronto com os israelenses)”, disse Mussa Abu Marzuk à rede de televisão Al-Jazira.

O grupo palestino está divido internamente sobre que rumo tomar. A primeira divisão se dá entre a área política e a área militar. Enquanto os políticos do Hamas estão mais dispostos a aceitar um cessar-fogo, a ala militar pretende seguir com os combates.

Líderes do grupo baseados na Síria também defendem que o Hamas continue com os disparos de foguetes, enquanto na Faixa de Gaza o apoio à continuidade dos ataques é menor. O problema é que a negociação está nas mãos das lideranças no exílio.

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Resolução da ONU

Nos Estados Unidos, o Departamento de Estado informou que o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, não pediu que o presidente americano, George W. Bush, se abstivesse de votar a favor da resolução 1860 do Conselho de Segurança da ONU, que pedia um cessar-fogo. O comunicado foi uma resposta ao premiê, que tinha declarado em discurso que os americanos só não aprovaram a resolução por causa de um telefonema dele para Bush.

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