A grande maioria dos palestinos apoia o caminho do diálogo com Israel, seguido pela facção moderada Fatah, que encabeça a Autoridade Palestina, e rejeita a estratégia de “resistência” do grupo fundamentalista Hamas. Ao contrário do que ocorreu em 2006, o Hamas seria derrotado se houvesse eleições parlamentares.

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Grande parte dos palestinos acredita que o governo de união nacional será implementado com êxito, mas teme o retorno das sanções internacionais como reação contra a inclusão do Hamas nele.

Esses são os principais resultados da última sondagem do Centro Palestino para Pesquisas sobre Políticas e Opinião (PSR), que a cada trimestre ouve uma amostra de 1.200 palestinos nos dois territórios (margem de erro de 3%), em um projeto patrocinado pela Fundação Konrad Adenauer, da Alemanha. Realizada entre os dias 16 e 18, é a primeira pesquisa de opinião depois do acordo firmado entre o Fatah e o Hamas, no mês passado.

De acordo com a sondagem, 61% dos palestinos “querem que o novo governo de reconciliação siga as políticas de paz e as propostas do presidente (Mahmoud) Abbas e da OLP (Organização de Libertação da Palestina, liderada pelo Fatah), em vez das do Hamas” – cuja linha de confrontação com Israel é apoiada por 18% dos entrevistados. Para 59% dos palestinos, o Fatah e o Hamas conseguirão a implementar o acordo de unificação da Cisjordânia (governada pelo Fatah) e da Faixa de Gaza (pelo Hamas), enquanto 37% acham que não vai dar certo. O otimismo com o cenário interno contrasta com o receio à reação internacional: 55% temem a volta das sanções econômicas, e 37% não esperam que isso ocorra. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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