O secretário de Defesa dos Estado Unidos, Chuck Hagel, ordenou a realização de duas revisões dos programas de segurança militar e de triagem de funcionários após o ataque realizado nesta semana por Aaron Alexis, que deixou 12 mortos numa base da Marinha em Washington.
Dois dias depois do incidente, autoridades do Pentágono debatem-se com uma série de prisões, problemas psiquiátricos e outros problemas de comportamento que deveriam ter sido suficientes para impedir que ele fosse liberado pela segurança e tivesse acesso à instalação.
“Obviamente, houve uma série de bandeiras vermelhas”, disse Hagel aos jornalistas durante coletiva no Pentágono. “Por que elas não foram vistas, por que não foram incorporadas ao processo de liberação, o que ele estava fazendo. Todas são perguntas legítimas com as quais teremos de lidar.”
Mas o general Martin Dempsey, presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, disse acreditar que aqueles que servem no Exército não devem ser estigmatizados ao ter de responder perguntas sobre sua saúde mental em formulários de segurança.
Nos últimos anos, Dempsey e outros líderes militares têm argumentado que os militares, muitos dos quais sofrem com distúrbios e outros problemas psiquiátricos após várias missões em mais de uma década de guerra, deveriam ter a oportunidade de superar os desafios de seus problemas mentais sem serem estigmatizados.
Dempsey colocou em dúvida se o ataque de segunda-feira poderia ter sido evitado se Alexis tivesse sido obrigado a revelar que passava por tratamento psiquiátrico.
“Eu não sei o que a investigação vai descobrir, mas ele cometeu assassinato”, disse Dempsey, que estava sentado ao lado de Hagel. “E eu não tenho certeza de que qualquer pergunta particular ou falta de pergunta numa verificação de segurança teria revelado isso.”
Hagel ordenou que o Pentágono revise os procedimentos de segurança física e de acesso em todas as instalações da Defesa em todo o mundo, assim como um estudo do programa usado para conceder e renovar os certificados de segurança para militares, funcionários civis e terceirizados.
Hagel também disse que pediu a um painel independente para cuidar as mesmas revisões, prometendo que “onde houver brechas, iremos fechá-las”.
Alexis passava por tratamento psiquiátrico no Departamento de Assuntos de Veteranos desde agosto, mas não teve retirado seu certificado de segurança. Ele também tinha um histórico de má conduta e problemas de comportamento no período em que esteve nas Forças Armadas. Fonte: Associated Press.