Guardas de uma companhia privada mataram um pirata da Somália durante um ataque a um barco mercante em frente à costa do leste da África. A suspeita é que esta seja a primeira vez em que um guarda privado é responsabilizado pela morte de um pirata, afirmou hoje o porta-voz da Força Naval da União Europeia (UE).
A morte ocorre em meio a temores de que piratas cada vez mais agressivos e o crescente uso de forças privadas de segurança a bordo de embarcações poderiam aumentar a violência em alto-mar. O caso pode ter implicações legais não só para os envolvidos na morte, ocorrida ontem.
Os guardas estavam a bordo do MV Almezaan quando um grupo piratas se aproximou da embarcação em duas ocasiões, segundo o comandante da força naval John Harbour. Durante a segunda aproximação do barco com bandeira panamenha, dos Emirados Árabes, houve uma troca de disparos entre seguranças e piratas.
A Força Naval da UE enviou ontem uma fragata ao local e também um helicóptero, que localizou os piratas. Foram encontrados sete deles, incluindo um que morreu com feridas de arma de pequeno calibre, indicando que havia sido morto por disparos dos guardas privados, segundo Harbour. Os outros seis piratas foram presos.
As tripulações defendem cada vez mais o revide diante de ataques piratas nas águas do Oceano Índico e no Golfo de Áden. No entanto, os piratas tornam-se cada vez mais agressivos, disparando balas e granadas contra os barcos para intimidar os capitães.
Várias entidades, entre elas a Junta Marítima Internacional, expressaram temor de que o uso de seguranças privados armados poderia motivar uma atuação mais violenta dos piratas, quando eles conseguirem tomar alguma embarcação.