Facções rivais concordaram nesta terça-feira (16) em negociar uma estratégia nacional da defesa. A proposta pode levar à integração das armas do Hezbollah ao Exército, um dos temas que causa mais divisão na política da pequena nação. Líderes de 14 grupos se encontraram no palácio presidencial, para conversas lideradas pelo presidente Michel Suleiman. As negociações duraram três horas e serão retomadas no dia 5 de novembro.

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O diálogo é parte de um acordo de paz alcançado no Catar, em maio, que encerrou os confrontos sectários. O país vivia uma prolongada crise política, que levou à criação de um governo de unidade entre o Hezbollah, apoiado pela Síria, e as facções libaneses anti-Síria. Mas os dois lados, que permanecem rivais, não se entendem sobre o tema das armas.

O bloco anti-Síria quer que o Hezbollah desista de seu arsenal, que ajuda o grupo a ser a mais poderosa força política nacional. O grupo militante xiita argumenta que as armas são necessárias para proteger o Líbano de ataques israelenses. O escritório do presidente divulgou nota, segundo a qual os dois lados concordaram em discutir uma estratégia de defesa que chegasse a uma “visão unificada” sobre o tema das armas.

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