Entre 600 e 800 pessoas foram mortas na violência e nos distúrbios étnicos entre chineses Han e turcos uigures islâmicos na cidade de Urumqi, província de Xinjiang, oeste da China, afirmou hoje o vice-presidente do Congresso Mundial Uigur à agência notícias France-Presse (AFP), citada pela Dow Jones. Asgar Can, que vive no exílio na Alemanha, onde a organização que comanda é sediada, disse: “Algumas fontes nos disseram 600, outras disseram 800 pessoas. Nós estimamos que foram mortas entre 600 e 800 pessoas”.

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Ele disse que a estimativa foi feita por testemunhas que assistiram à violência. Oficialmente, até agora o governo da China admite que 156 pessoas foram mortas. Nesta quarta-feira, as autoridades chinesas disseram que a situação está “sob controle”, depois de milhares de soldados terem entrado na cidade de Urumqi para evitar novos confrontos. Pequim culpou a líder uigur Rebiya Kadeer por ter instigado a violência, algo que ela negou de maneira veemente. Rebiya Kadeer vive no exílio nos Estados Unidos desde 2005.

Os oito milhões de turcos uigures que vivem em Xinjiang formam quase metade da população da província, uma vasta área com desertos e montanhas, rica em reservas naturais na fronteira com a Ásia Central.O povo uigur, de linguagem turca e religião islâmica, tem reclamado há vários anos de repressão e discriminação sob o domínio chinês, mas Pequim insiste que levou o progresso econômico e a prosperidade à província. As informações são da Dow Jones.

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