O grupo extremista Al-Qaeda no Magreb Islâmico reivindicou hoje a autoria dos atentados que provocaram a morte esta semana de pelo menos 59 pessoas na Argélia, em declaração enviada à emissora pan-árabe de televisão Al-Jazira. O grupo qualificou os ataques a uma academia de polícia, um quartel militar e uma empresa de engenharia canadense como uma retaliação à repressão das forças argelinas de segurança aos militantes islâmicos

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Não foi possível verificar junto a fontes independentes a autenticidade da reivindicação, mas diversos grupos extremistas já enviaram mensagens semelhantes à Al-Jazira

Cinqüenta e nove pessoas foram mortas em ataques realizados num intervalo de menos de 24 horas entre a terça e anteontem. No pior deles, 43 pessoas morreram num ataque suicida contra uma academia de polícia em Les Issers, a 60 quilômetros de Argel, na terça-feira (19)

Mais de 200 mil pessoas – entre supostos extremistas, civis e forças de segurança – já perderam a vida desde o início de uma rebelião islâmica em 1992, quando o Exército cancelou eleições cuja vitória de partidos islâmicos parecia certa.

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A Al-Qaeda no Magreb Islâmico é sucessora do Grupo Salafista de Pregação e Combate (GSPC), uma das guerrilhas islâmicas que se insurgiram em armas depois do cancelamento das eleições.