Um grupo de manifestantes islâmicos invadiu nesta terça-feira (11) a embaixada dos Estados Unidos no Cairo e arrancou a bandeira americana do local em represália por um vídeo feito por cristãos coptas egípcios que vivem nos EUA e que critica o profeta Maomé.

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Uma fonte de segurança informou que milhares de pessoas, entre eles salafistas, concentraram-se nos arredores da embaixada e um grupo conseguiu subir o muro de três metros de altura do imponente complexo, situado no centro da capital.

Para chegar até o local, os invasores retiraram as cercas de segurança instaladas nas ruas próximas da embaixada e que impediam a aproximação dos manifestantes.

Dentro do complexo, arrancaram a bandeira americana e a substituíram por outra, com um dos pilares do islamismo bordado em seu manto negro: “Não há mais Deus que Alá e Maomé é o seu profeta”. Uma fonte da embaixada negou que as forças de segurança dispararam contra os invasores, como publicaram alguns meios de comunicação.

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Os funcionários da legação diplomática não estavam no complexo quando os distúrbios começaram. Unidades das Forças Armadas egípcias foram até o local para controlar o protesto.

Os participantes do protesto convocado por grupos islâmicos empunhavam o Corão, bandeiras com a frase “Não há mais Deus que Alá” e faixas contra o vídeo copta.

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Os manifestantes cantavam palavras de ordem em honra ao islamismo, como “Deus é grande” e “Com nossa alma e nosso sangue nos sacrificamos por ti”. Além disso, pediam a expulsão do embaixador americano.

Esta é a primeira vez que manifestantes escalam o muro da embaixada dos Estados Unidos no Cairo, que por meio de um comunicado condenou “as tentativas de algumas pessoas de ferir os sentimentos religiosos dos muçulmanos”, em referência ao vídeo realizado pelos coptas.

A nota expressou o respeito dos Estados Unidos às crenças religiosas, o que é a “pedra angular da democracia americana”, e criticou ações que usam o direito de liberdade de expressão para atacar outras pessoas.

O Ministério das Relações Exteriores do Egito condenou o ataque à embaixada e afirmou que é sua responsabilidade proteger as legações diplomáticas, segundo o estabelecido na convenção de Viena.

Além disso, advertiu por meio de um comunicado que a repetição deste tipo de fato afeta negativamente a imagem de estabilidade do país e tem consequências sobre a economia e a vida dos cidadãos.

Esta não é a primeira vez que ocorrem ataques deste tipo no Cairo. Nos últimos meses, grupos de manifestantes invadiram as embaixadas de Israel e da Síria. O protesto de hoje coincide com o décimo primeiro aniversário dos atentados de 11/9, os mais graves da história dos Estados Unidos.