Grupo de militantes contesta “esquerdismo” de Chávez

Habituado a desqualificar seus críticos como representantes da "oligarquia de direita", o presidente Hugo Chávez teve as suas credenciais de esquerdista duramente contestadas por um grupo de velhos guerrilheiros e militantes comunistas venezuelanos. Reunidos ontem num hotel no centro de Caracas, os militantes denunciaram a reforma constitucional que vai a referendo no domingo, como um projeto "neoliberal", que favorece as multinacionais do petróleo, e "autoritário", que transfere o poder do povo para o Estado.

Douglas Bravo, líder do Partido da Revolução Venezuelana Terceiro Caminho (PRV), avaliou que os conselhos populares, criados por Chávez e ampliados pela reforma, retiram a "autonomia e independência do poder popular". Na sua visão, a mudança da Constituição, já aprovada na Assembléia Nacional e a ser ratificada no domingo, introduzirá não uma democracia direta como afirma Chávez, mas um controle "militarista" sobre a população. "A Constituição de 1999 era neoliberal, mas parlamentar", disse Bravo, referindo-se à Carta aprovada no primeiro ano do primeiro mandato de Chávez. "A de 2007 é militarista.

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