Um grupo turco de esquerda assumiu a responsabilidade pelo atraque suicida que matou um policial e deixou outro ferido numa delegacia de Istambul na terça-feira. Autoridades disseram que uma mulher entrou no edifício, localizado o bairro turístico de sultão Ahmet, e detonou os explosivos que levava junto ao corpo.

continua após a publicidade

Em declaração postada num site, o grupo Partido da Frente Libertação Popular Revolucionária (DHKP-C, na sigla em turco) afirma ter realizado o ataque. O grupo, que chama a ação de “ato de sacrifício”, identifica a suicida como Elif Sultan Kalsen.

Foi o segundo ataque em uma semana contra a polícia assumido pelo grupo. Na semana passada, os policiais dominaram um homem depois de ele ter feito disparos e lançado granadas contra escritórios perto do gabinete do primeiro-ministro.

Segundo o grupo, o ataque de terça-feira teve como objetivo revidar a morte de um menino de 15 anos, morto após ser atingido na cabeça por uma lata de gás lacrimogêneo durante protesto realizado em 2013.

continua após a publicidade

“Nossa combatente se ofereceu em sacrifício para o martírio. O policial, que é o guardião do Estado ladrão, assassino e fascista, foi punido com a morte”, diz o comunicado.

Ahmet Balta, que testemunhou o ataque, disse que houve pânico após a explosão porque as pessoas concluíram imediatamente que se tratava de uma ação suicida. “Este é um bairro turístico. Vai afetar a todos nós”, disse ele.

continua após a publicidade

O DHKP-C, que quer a implementação de um Estado socialista, é considerado uma organização terrorista na Turquia, nos Estados Unidos e na União Europeia.

Ataques suicidas têm sido raros na Turquia desde que o governo abriu conversações de paz com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), para encerrar a insurgência, que durava 30 anos.

O DHKP-C tem realizado ataques esporádicos, dentre eles uma ação suicida à embaixada norte-americana em 2013, que matou um guarda. O grupo era mais ativo na década de 1970. Fonte: Associated Press.