Grupo captura 4 capacetes azuis nas Colinas de Golã

Um grupo rebelde sírio deteve quatro capacetes azuis da Organização das Nações Unidas (ONU) nas Colinas de Golã, região tensa que separa a Síria de Israel. Esta é a segunda vez em dois meses que observadores militares desarmados da ONU são feitos reféns pelas Brigadas de Mártires Yarmouk, o que mostra a vulnerabilidade da missão de manutenção de paz da organização em meio à expansão da guerra na Síria, que chega a seu terceiro ano.

A zona de separação nas Colinas de Golã deveria ser um local livre de grupos armados, mas nos últimos meses tem sido palco de confrontos entre forças do governo sírio e combatentes rebeldes.

Kieran Dwyer, porta-voz do departamento de mantenedores de paz da ONU, disse que os quatro capacetes azuis – todos filipinos – foram levados nesta terça-feira por um grupo armado nas proximidades de Jamla e que “há esforços em vigor para garantir sua libertação agora”.

Martin Nesirky, porta-voz da ONU, disse mais tarde que as Brigadas Yarmouk assumiram a autoria do sequestro. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a prisão dos mantenedores de paz e pediu sua libertação imediata, afirmou Nesirky.

Um porta-voz do grupo rebelde disse em entrevista por telefone à Associated Press que as Brigadas de Mártires Yarmouk, que operam nas Colinas de Golã, mantém os soldados em seu poder. Ele falou em condição de anonimato porque está fora da Síria e atua como mediador de questões de paz relativas ao grupo.

Em comunicado postado na página do grupo no Facebook, as Brigadas de Mártires Yarmouk disseram que os capacetes azuis não são seus reféns, mas são mantidos com os rebeldes para a própria segurança deles.

No início de março, o mesmo grupo manteve 21 capacetes azuis filipinos por quatro dias antes de libertá-los, após duras negociações. O grupo diz suspeitar que os mantenedores da paz estão protegendo as tropas do presidente Bashar Assad que, segundo os rebeldes, mataram civis durante uma varredura do Exército em Wadi Raqat, cidade do sul da Síria. As informações são da Associated Press.

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