Gripe suína mata chefe da segurança de Rafael Correa

O chefe da segurança do presidente do Equador, Rafael Correa, morreu semanas após ter contraído o vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, informaram ontem autoridades locais. O coronel da Aeronáutica John Merino foi hospitalizado com a nova gripe em 10 de agosto e morreu no domingo, no Hospital Militar, segundo comunicado do governo.

A Influenza A (H1N1) já matou pelo menos 44 pessoas no Equador, segundo dados do Ministério da Saúde. O vírus atingiu também o ministro da Coordenação Política, Ricardo Patino, e mais um membro da força de segurança encarregada de proteger o presidente. O próprio Correa ficou uma semana em observação médica, mas os médicos confirmaram que ele não estava com a doença.

Em outro caso separado, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, voltou ontem ao trabalho, após ficar uma semana isolado por estar com o vírus da nova gripe. Sorridente e aparentando boa saúde, Uribe cumprimentou vários empresários em um encontro no escritório presidencial, segundo fotos divulgadas pelo governo.

Uribe começou a apresentar sintomas mais fortes da doença durante um encontro da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no dia 28 de agosto, na Argentina. Mais membros da administração contraíram o vírus, como o alto comissário para a paz Frank Pearl, o chefe da segurança do presidente, general Flavio Buitrago, e o chefe da Aeronáutica Civil, Fernando Sanclemente. Outro líder latino-americano também contraiu a doença. O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, já se recuperou, após uma semana isolado, e voltou ao trabalho em 25 de agosto.

Temor na China

O ministro da Saúde chinês, Chen Zhu, afirmou que a situação no país relativa à nova gripe era “preocupante”. O número de casos aumenta rapidamente na China com o início do ano escolar e a aproximação do inverno. Chen afirmou em Pequim que o governo lançará um programa nacional de vacinações. Ele advertiu, porém, que pode faltar vacina.

O ministro notou que, na semana passada, 95% das novas infecções surgiram no próprio país, não vindas do exterior. A China já registrou 5.592 ocorrências da doença, mas sem nenhuma morte relacionada ao vírus. Na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que pelo menos 2.837 pessoas morreram em razão do vírus no mundo. As autoridades temem uma segunda onda de infecções com a chegada do outono e inverno no Hemisfério Norte.

O ministro da Saúde afirmou que há preocupação com o feriado de uma semana previsto para outubro, com grandes comemorações para marcar o 60º aniversário do regime comunista na China. Segundo Chen, estima-se que 200 milhões de pessoas se desloquem pelo país, aumentando os riscos de disseminação da doença.

O governo planeja vacinar 65 milhões de pessoas, ou 5% da população chinesa, antes do fim do ano. Porém o ministro advertiu para o limite na produção chinesa de vacinas. “O suprimento ficará abaixo da demanda, se comparado com a demanda de 1,3 bilhão de pessoas”, notou.

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