Pressionados pelo Brasil, por outros países e pela possibilidade de pandemia de gripe suína, Estados Unidos e Europa sinalizaram em negociação disposição de fechar um acordo sobre a patente do vírus A(H1N1) e de vacinas, garantindo acesso dos países em desenvolvimento aos novos produtos. Pelo novo acordo, todos os vírus ou vacinas produzidos como resultado de compartilhamento de amostras pelos laboratórios credenciados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) estarão livres de patentes. Assim, os países atingidos podem ter acesso a amostras para produzir localmente os remédios.
Mas os emergentes também tiveram de ceder: toda a produção de vacinas por parte de empresas privadas que não tenha saído da rede de laboratórios da OMS teria o direito de ser registrada com patentes. Para que haja um acordo final, os governos precisam se entender sobre a linguagem do tratado para evitar mal-entendidos. Hoje, uma segunda reunião será promovida.
Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o A(H1N1) não é tão agressivo quanto o vírus de 1918, que provocou a chamada gripe espanhola e matou à época 40 milhões de pessoas. Mas ressaltou que os países pobres serão mais vulneráveis e que os sistemas de saúde podem sofrer se não contarem com recursos.