Uma greve envolvendo milhares de trabalhadores e que paralisa as operações no principal porto de exportação de soja e grãos da Argentina entrou neste sábado no quarto dia sem resolução à vista. “Há mais de 30 navios esperando para embarcar a soja e as usinas de beneficiamento do grão estão paralisadas desde quarta-feira”, disse o diretor da Câmara da Indústria de Óleo do país, Alberto Rodriguez.
A greve afeta os nove terminais portuários de San Lorenzo, localizados próximo a Rosario, e também as operações da norte-americana Cargill. A Argentina, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, é o terceiro maior exportador de soja, o segundo de milho e o quarto de trigo.
A presidente Cristina Kirchner tem evitado intervir na crise, afirmando que a questão deve ser resolvida pelas autoridades locais do Estado de Santa Fé. Diversas companhias já anunciaram que vão começar a demitir funcionários.
Cerca de 8 mil trabalhadores representados por quatro sindicatos querem um salário mensal de 5 mil pesos argentinos (cerca de R$ 2,1 mil). As informações são da Dow Jones.