Sindicatos que vão participar da greve marcada para amanhã no Reino Unido afirmaram que haverá grandes interrupções no funcionamento das escolas, controles de fronteiras e outros serviços públicos. A expectativa é de que milhares de funcionários públicos participem do movimento grevista, que protesta contra o projeto de prevê mais anos de trabalho e contribuições mais longas antes da aposentadoria.

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Quatro sindicatos estão envolvidos com a greve, que deve durar um dia. As entidades, que representam 750 mil professores e trabalhadores do setor público, prometem um dos maiores protestos contra o pacote de austeridade de 111 bilhões de libras do governo britânico. “Os trabalhadores que representamos tiveram suas vidas afetadas, de alguma forma, do berço ao túmulo”, disse o porta-voz do Sindicato dos Serviços Públicos e Comerciais (PCS, pela sigla em inglês), o maior da categoria na Grã-Bretanha.

O governo britânico quer que os funcionários do setor público se aposentem mais tarde e contribuam por mais tempo até pararem de trabalhar, refletindo o fato de que as pessoas estão vivendo mais e para aliviar o peso sobre os contribuintes do setor privado. Entretanto, sindicatos do setor público, cujos membros já estão revoltados com um congelamento de salário e com a perspectiva de corte de 300 mil postos de trabalho, dizem que a proposta é injusta.

O primeiro-ministro David Cameron disse que a greve é irresponsável e que não é o caso para paralisação, já que as negociações com sindicatos sobre as aposentadorias estão ocorrendo. Ele advertiu que o sistema estatal de previdência vai quebrar, a menos que os trabalhadores se aposentem mais tarde e paguem mais ao sistema.

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Cameron tem afirmado que os grevistas representam uma minoria em meio aos 6,2 milhões de pessoas que trabalham no setor público, porém os sindicatos prometem uma grande paralisação, particularmente no sistema educacional, e também marchas em toda a Inglaterra e País de Gales. O PCS promete grandes interrupções em serviços que vão de agências estatais a controles de fronteira em portos, aeroportos e terminais ferroviários, centros de emprego e linhas de atendimento telefônico, repartições fiscais e tribunais.

A Agência de Fronteiras do país, onde quase três quartos dos funcionários pertencem ao PCS, adverte as pessoas que estão viajando para a Grã-Bretanha sobre os atrasos nos controles de fronteira a partir desta noite. O governo disse que seus planos de contingência já estão em andamento, incluindo o deslocamento de gerentes para a linha de frente, com o objetivo de ajudar os passageiros. As informações são da Dow Jones.

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