Jovens lançaram pedras sobre pelo menos seis delegacias, em Atenas, em meio aos protestos no país pela morte de um jovem por policiais, no sábado. Nas ruas da capital, centenas de estudantes do ensino médio bloquearam vias movimentadas e viraram carros da polícia. Os protestos são os piores na Grécia em décadas. Segundo as autoridades, pelo menos um homem foi ferido e hospitalizado.

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Desde sábado, quando os distúrbios começaram, pelo menos 70 pessoas ficaram feridas. O problema começou com a morte de Alexandros Grigoropoulos, de 15 anos. Centenas de lojas foram depredadas e algumas inclusive completamente destruídas.

A exata circunstância da morte do jovem no sábado não está clara. Os dois policiais acusados dizem que foram atacados por jovens que lançaram pedras e que um dos policiais disparou tiros de advertência. Testemunhas contestaram essa versão. Um promotor determinou que os policiais permaneçam presos até o julgamento, para o qual não há data marcada.

As autoridades fizeram mais apelos por calma e influentes líderes religiosos pediram também o fim dos protestos. “Essa tragédia não pode ser resolvida com incêndios e a destruição de propriedades de pessoas que têm seus próprios problemas”, disse o líder da Igreja Ortodoxa Grega, arcebispo Ieronymos.

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A polícia e o governo sofrem fortes críticas pela forma com que lidam com a crise. O primeiro-ministro Karamanlis comanda um governo conservador cada vez mais impopular e tem apenas uma cadeira de maioria, em um Parlamento de 300 postos. Karamanlis ignorou os pedidos da oposição para antecipar as eleições e prometeu indenizações aos donos de lojas depredadas. Ele ofereceu 10 mil euros (US$ 12.800) para as necessidades de curto prazo dos lojistas.

Duas pesquisas publicadas ontem, antes do anúncio do pacote de auxílio, mostravam que 68% dos gregos desaprovavam a forma como o governo lida com a crise. Os Socialistas, de oposição, apareceram com 5 pontos percentuais de vantagem, em uma eventual eleição.

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