A Grécia poderá ficar sem dinheiro no fim de fevereiro se os credores internacionais não fornecerem recursos extras para o país, segundo autoridades gregas. O ministro da Economia, George Stathakis, afirmou que a necessidade de fundos até junho é de um valor entre 4 bilhões de euros e 5 bilhões de euros.

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A renda do governo diminuiu fortemente nas últimas semanas, à medida que muitos gregos pararam de pagar impostos na esperança de que os novos líderes eleitos no fim de janeiro reduziriam as tarifas. A receita fiscal caiu 7%, ou cerca de 1,5 bilhão de euros (US$ 1,7 bilhão), em dezembro, na comparação com novembro, de acordo com cálculos de Stathakis. “Nós teremos problemas de liquidez em março se os impostos não melhorarem”, disse.

Autoridades gregas se esforçaram em reuniões com diversos líderes europeus nos últimos dias em busca de formas para impedir que a Grécia fique sem dinheiro no próximo mês, depois que planos iniciais de financiar o país encontraram resistência entre os credores internacionais.

Em uma reunião de ministros de Finanças da zona do euro ontem, a Grécia pediu permissão para levantar 4,5 bilhões de euros extras em dívida de curto prazo. O Banco Central Europeu (BCE) imediatamente rejeitou a demanda, segundo informações de quatro autoridades europeias.

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A Grécia quer renegociar os termos do acordo de resgate internacional, no valor de 240 bilhões de euros, até junho. O governo está pedindo que outros países da zona do euro concedam um empréstimo-ponte para que suas obrigações sejam cumpridas até lá.

Se a Alemanha e outros governos da zona do euro não suavizarem suas posições, a Grécia “será o primeiro país falir por causa de 5 bilhões de euros”, afirmou Stathakis. A crise grega foi exacerbada pela decisão anunciada pelo BCE nesta semana de não mais aceitar bônus do governo da Grécia como colateral para empréstimos a bancos.

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“Nós estamos sob muita pressão do tempo”, afirmou uma autoridade europeia envolvida nas negociações.

Além da necessidade de financiar suas operações normais, o governo de Atenas enfrenta vários grandes reembolsos de dívida nos próximos meses. Entre eles, estão 4 bilhões de euros em transferências para o Fundo Monetário Internacional (FMI) e cerca de 7 bilhões de euros para o BCE. Fonte: Dow Jones Newswires.