A Grã-Bretanha estava nesta quarta-feira retirando seu pessoal diplomático do Irã, após a invasão, no dia anterior, de sua embaixada por manifestantes iranianos, em ação que gerou condenação internacional. A chancelaria em Londres confirmou que parte do pessoal estava sendo retirada, por razões de segurança.
Fontes diplomáticas europeias disseram que todos os diplomatas britânico estavam deixando o país. Os diplomatas passaram a noite em segurança em várias embaixadas da União Europeia, sobretudo na missão francesa.
Na terça-feira, centenas de manifestantes iranianos protestaram na frente da embaixada. Muitos invadiram o local, trocando a bandeira britânica por uma do Irã. O protesto refletiu o descontentamento oficial com a decisão britânica de, na semana passada, cortar suas relações com o setor financeiro iraniano, como parte das novas sanções impostas a Teerã em coordenação com EUA e Canadá. A invasão à embaixada foi condenada internacionalmente, gerando uma declaração forte do Conselho de Segurança da ONU.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar “chocado” com o incidente em Teerã. Mesmo a Rússia, um aliado próximo do Irã, condenou a ação como “inaceitável”.
A polícia levou várias horas para libertar seis diplomatas sequestrados por centenas de manifestantes dentro da embaixada britânica, segundo a agência iraniana Fars. Um manifestante roubou um retrato da rainha Elizabeth II.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã lamentou o incidente, mas alguns funcionários iranianos mostraram-se desafiantes, atribuindo o problema à posição britânica em relação ao país.
A Noruega fechou sua embaixada em Teerã por causa de temores de segurança, informou o governo em Oslo nesta quarta-feira. O país europeu foi o primeiro a tomar essa medida, após o incidente na embaixada da Grã-Bretanha. As informações são da Dow Jones.