O embaixador da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos, afirmou que Bogotá rechaçará as ações do “projeto expansionista” do governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Em comunicado divulgado ontem pela presidência colombiana na internet, Hoyos rebateu os “insultos” do dirigente venezuelano a seu país. O governo de Álvaro Uribe afirmou que “de nenhuma maneira se pode tolerar que se insulte aos colombianos de bem”. O embaixador já disse que a intenção da Colômbia é deixar registrado na OEA as declarações de Chávez, como um elemento de ingerência nos assuntos internos colombianos.
Ontem, Chávez afirmou que tinha o direito de se dirigir ao “povo da Colômbia” e de enviar sua mensagem “bolivariana”. “Deve se fazer todo o possível para que minha palavra chegue aos colombianos. A oligarquia de lá tem medo dessa mensagem. Deve se fazer por todos os meios, porque querem nos associar com a guerrilha e nós não temos acordos com a guerrilha, muito menos com o narcotráfico”, disse Chávez, em seu programa “Alô Presidente”.
No último dia 16, Chávez publicou anúncio de página inteira nos principais jornais da Colômbia com uma mensagem a seus colegas da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), criticando a negociação entre Bogotá e Washington para ampliar a cooperação militar entre Colômbia e Estados Unidos. O convênio foi descrito como uma “ameaça” para Caracas. Chávez já disse várias vezes que a presença militar norte-americana faz parte de um suposto plano para “se apoderar das riquezas petroleiras venezuelanas”.