O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anulou regras elaboradas sob o ex-presidente Barack Obama, voltadas a punir faculdades e universidades que usam táticas enganosas para recrutar a cobrar dos alunos por diplomas que dão a eles poucas vantagens no mercado de trabalho.

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As regras formuladas pelo governo anterior eram a principal resposta para a forte alta nos níveis de endividamento estudantil e para as alegações de táticas enganosas de recrutamento de alunos, particularmente nas faculdades com fins lucrativos que se especializam em cursos de dois anos e em certificados de carreira. Essas escolas ensinavam cerca de 10% de todos os universitários em seu auge, mas têm sido um motor desproporcional para o avanço da dívida estudantil ao patamar de US$ 1,3 trilhão e para o forte aumento na inadimplência.

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Uma regulação, conhecida como “emprego lucrativo”, teria impedido o acesso a fundos federais – a principal fonte de receita da maioria das faculdades – para programas em escolas em que muitos dos alunos saem com um nível alto de dívidas em relação a seus salários. Centenas de programas de faculdades privadas estariam em risco de fechar nos próximos anos sob essa regra.

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Outra regulação, conhecida como defesa do emprestador, estabelece penalidades financeiras para as instituições que sejam flagradas cometendo fraudes, como anúncios enganosos sobre os ganhos futuros de seus alunos. A regulação também facilitaria que estudantes processassem escolas e tenham seus financiamentos anulados pelo governo caso as faculdades cometessem fraudes.

A secretária de Educação, Betsy DeVos, disse que as regras são um fardo para o setor e se mostrariam muito custosas para os contribuintes. Faculdades argumentam que as regras são tão amplas que elas estariam sujeitas a processos e penalidades injustas, o que geraria um grande montante de perdão de dívida de estudantes mesmo sem falhas nas escolas, algo que por fim oneraria os contribuintes.

Entidades de defesa dos estudantes e grupos democratas criticaram a mudança, que segundo eles tornam os estudantes mais vulneráveis. Fonte: Dow Jones Newswires.