Houve uma queda nos ataques contra imigrantes na África do Sul, informou nesta segunda-feira a polícia local. "A violência diminuiu", disse o ministro da Defesa, Charles Ngakula. "A situação está sob controle", garantiu.
A polícia registrou casos isolados de incidentes, como pilhagens e saques, durante o fim de semana. Cinco moçambicanos foram agredidos por um grupo de sul-africanos em Durban, cidade portuária do leste, disse a porta-voz da polícia Phindile Radebe.
Outro moçambicano levou um tiro na mão na noite de sábado, enquanto levava a família para Moçambique, também em Durban. Não estava claro se esse incidente estava relacionado com a onda de violência xenófoba que atinge o país há mais de duas semanas.
Segundo Ngakula, 56 pessoas morreram e 30 mil foram forçadas a deixar suas casas por causa da violência. Apenas na província mais rica do país, Gauteng, 25 mil pessoas tiveram que fugir.
Alguns sul-africanos culpam os estrangeiros pelo desemprego e por crimes no país. No fim de semana, na Cidade do Cabo, mais de 10 mil pessoas ficaram em igrejas e centros comunitários, com medo da violência. Autoridades dessa cidade construíram seis campos para os desabrigados.
O governo também é acusado de demorar para agir, além de tomar poucas ações para conter a crise. Entre os estrangeiros mais atingidos há malavianos, somalis, zimbabuanos e moçambicanos.