O governo do Paquistão anunciou hoje que prendeu alguns suspeitos de envolvimento no ataque à jovem ativista Malala Yousufzai, 14, que foi baleada quando saía da escola na última terça, no vale de Swat.
O chefe da polícia de Mingora, Afzal Khan Afridi, anunciou as detenções, sem determinar quantos eram os suspeitos presos e que relação tiveram com o crime.
A prisão é anunciada no mesmo dia em que o primeiro-ministro do Paquistão, Raja Pervez Ashraf, visitou a menina no Instituto de Cardiologia do Exército, nas proximidades da capital Islamabad.
De acordo com médicos militares, as próximas 48 horas serão cruciais para definir a recuperação de Yousufzai, enquanto é avaliada a situação para que a jovem seja transferida para um centro médico em Dubai, nos Emiradios Árabes Unidos.
A menina foi baleada quando saía da escola em que estudava no vale de Swat, no noroeste do Paquistão. Ela recebeu os disparos depois que um homem abriu fogo contra o ônibus escolar em que ia voltar para casa. Na ação, outras duas meninas foram feridas.
Segundo testemunhas, o atirador se aproximou na saída das aulas e perguntou quem era Yousufzai. Uma das crianças questionadas teria mentido e ele atirou nela e na adolescente ativista.
Yousufzai ficou famosa em 2009 quanto, aos 11 anos, começou a denunciar abusos do Taleban, como incêndios em escolas de meninas e morte de opositores no vale de Swat.
Devido ao trabalho, a jovem recebeu prêmios diversos, incluindo o Prêmio Nacional da Paz, a honraria mais elevada do governo do Paquistão.