Autoridades espanholas atribuíram o atentado desta quinta-feira (30) com carro-bomba em um estacionamento da Universidade de Navarra, em Pamplona, no norte do país, ao grupo Pátria Basca e Liberdade (ETA). A explosão deixou 17 feridos, provocou o incêndio de um prédio nas imediações e, segundo o governo espanhol, poderia ter causado um grande número de mortos porque ocorreu sem aviso em uma área bastante movimentada do campus. “Mais uma vez, o ETA exercitou a covardia”, disse José Antonio Alonso, porta-voz no Parlamento do primeiro-ministro José Luiz Rodríguez Zapatero. Apesar das acusações, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.

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A explosão causou vários danos em veículos próximos, segundo Amaya Zaratiegui, porta-voz da Clínica Universitária. “Foi uma explosão muito potente, muito poderosa.” Além dos veículos pegarem fogo, as vidraças nos prédios das imediações foram estilhaçadas. O ministro do Interior da Espanha, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse que as 17 pessoas atingidas pela explosão foram feridas sem gravidade, a maioria por estilhaçados de vidros.

De acordo com Rubalcaba, um homem que disse falar em nome do ETA telefonou uma hora antes da explosão para as autoridades em Vitoria, capital do País Basco, avisando que uma bomba colocada em um Peugeot branco iria explodir “no campus da universidade”. O ministro afirmou que a polícia pensou que a explosão seria na Universidade de Vitoria, fez uma varredura no local e não encontrou nada. Então, a bomba explodiu sem nenhum aviso em Pamplona, que fica 100 quilômetros ao leste de Vitória.

Um dos comandos do ETA foi desarticulado nesta semana. A polícia deteve na terça-feira três homens em Pamplona e uma mulher em Valência acusados de pertencer a comandos do ETA. Em 24 de maio de 2002, o grupo realizou outro atentado na Universidade de Navarra. Um carro-bomba com 20 quilos de explosivos foi pelos ares, no mesmo lugar, em frente ao edifício central do campus. Houve vários danos, mas ninguém ficou ferido com gravidade.

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