Com manifestações marcadas para diferentes regiões da capital venezuelana, governo e oposição medem forças nas ruas neste sábado, em meio à uma escalada das tensões na Venezuela, após a crise energética e a decisão da Assembleia Nacional Constituinte de retirar a imunidade do líder da oposição Juan Guaidó.

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Pequenos grupos de apoiadores de Guaidó se reúnem em pontos de concentração na capital, carregando bandeiras venezuelanas e segurando cartazes pedindo liberdade. De outros três pontos no centro e oeste de Caracas partirão as mobilizações oficiais que culminarão nos arredores do palácio do governo, onde haverá uma concentração na qual se espera a participação de Nicolás Maduro.

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“Nos vemos nas ruas para exigir a cessação das trevas e da usurpação”, disse Guaidó neste sábado, em sua conta no Twitter, ao conclamar seus apoiadores a se juntar à manifestação contra falhas no fornecimento de água e energia, registrados desde o mês passado em Caracas e outras cidades do interior.

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Guaidó, que foi reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de cinquenta países, também pediu às forças armadas que não permita que grupos civis armados ataquem a população nos protestos.

Após o apagão nacional de 7 de março, que deixou a maioria dos estados sem luz por quatro dias, os serviços de eletricidade e água têm registrado falhas recorrentes que provocaram protestos na capital e em várias cidades do interior.

O governo atribuiu as falhas a um plano de sabotagem dirigido pela oposição com o apoio dos Estados Unidos. Analistas e opositores argumentam que a crise nos serviços se deve à falta de investimento e manutenção nas instalações, bem como à falta de pessoal especializado, porque muitos dos empregados das empresas estatais de eletricidade e água imigraram devido à crise econômica e social que atingiu o país.

“Continuamos o trabalho permanente para estabilizar, normalizar e proteger a oferta de serviços públicos”, disse Maduro em sua conta no Twitter na última terça-feira, conclamando os venezuelanos a continuarem juntos em “batalha e resistência”. (agências internacionais)