O líder do grupo rebelde Tigres de Libertação do Eelam Tâmil (LTTE, na sigla em inglês), Velupillai Prabhakaran, foi morto, informou a televisão estatal do Sri Lanka hoje. O departamento de informação do país enviou uma mensagem de texto para celulares por todo o país, confirmando a morte do líder e de dois outros importantes nomes do LTTE, Soosai e Pottu Amman. O anúncio foi seguido por comemorações pelo país, com pessoas dançando e cantando pelas ruas da capital Colombo. O assassinato de Prabhakaran era visto por muitos como crucial para encerrar a guerra civil no país, pois temia-se que ele pudesse organizar novamente a guerrilha, caso fugisse. Agora, porém, o ex-líder pode tornar-se um mártir para os rebeldes tâmeis.

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“Nós podemos anunciar muito responsavelmente que liberamos o país todo do terrorismo”, afirmou na televisão o chefe do Exército do país, general Sareth Fonseka. Os líderes militares informariam oficialmente o presidente da vitória sobre o LTTE hoje. Prabhakaran é apontado como responsável por transformar uma gangue de rua dos anos 1970 em um dos mais temidos grupos insurgentes do mundo. Ele exigia lealdade dos comandados e dava a cada um deles cianureto, veneno para ser ingerido em caso de risco de captura. Controlou um território independente de facto no norte do Sri Lanka, com uma sólida estrutura militar.

Também comandou um esquadrão de suicidas, conhecido como Tigres Negros, acusado por dezenas de ataques. Os rebeldes eram considerados por vários países, entre eles Estados Unidos, como terroristas e condenados por arregimentar menores como soldados. Fontes militares disseram que Prabhakaran vinha se comunicando por rádio, apesar da especulação sobre o destino do líder rebelde. Mais cedo, os militares anunciaram a morte do filho de 24 anos de Prabhakaran, Charles Anthony, que chefiava o braço de tecnologia do grupo, e do líder do braço político, B. Nadesan. O chefe do secretariado de paz dos Tigres Tâmeis, S. Pulideevan; o chefe de polícia do grupo, Ilango; e o vice-líder da área de inteligência, Kapil Amman, também foram mortos pela ofensiva do governo hoje.

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