O governo do Iêmen acusou hoje um grupo rebelde xiita de sequestrar nove estrangeiros no norte do país. O grupo liderado por Abdel Malak al-Hawthi negou qualquer envolvimento no suposto rapto e acusou o governo de tentar sujar a imagem dos rebeldes. “Nunca sequestramos estrangeiros e não temos qualquer informação sobre este grupo”, disse um porta-voz da organização, em condição de anonimato.
O Ministério do Interior do Iêmen disse que os estrangeiros, que não foram identificados, foram sequestrados durante um piquenique na província de Sada. A agência estatal Saba disse que os estrangeiros trabalhavam em um hospital na região.
Segundo moradores da região, faziam parte do grupo um médico alemão, acompanhado de sua esposa e cinco filhos, um bretão e sua esposa. Mas ninguém pôde confirmar o sequestro, já que, até o momento, não houve quem assumisse a responsabilidade pelo ato.
O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha confirmou que sete alemães estão desaparecidos no Iêmen. A pasta organizou um comitê de crise para tratar a questão e informou que a embaixada alemã no Iêmen mantém contato com as autoridades locais.
Membros de tribos rebeldes frequentemente mantêm estrangeiros como reféns a fim de pressionar o governo. As vítimas geralmente são libertadas sem ferimentos. Na sexta-feira, rebeldes soltaram 24 médicos, entre nativos e estrangeiros, que trabalhavam em um hospital saudita em Sada, com menos de 24 horas desde o início do sequestro.
Milhares de pessoas já foram mortas em Saada desde uma rebelião xiita em 2004. Os rebeldes, liderados por al-Hawthi, acusam o governo de ser corrupto e muito próximo do Ocidente. As informações são da Associated Press.