Governo do Egito promete estudar reformas

O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, reuniu-se hoje pela primeira vez com representantes dos principais grupos de oposição ao governo do país e ofereceu novas concessões, entre elas a liberdade de imprensa, a libertação de todos os detidos desde o início dos protestos, há quase duas semanas, e uma possível suspensão das leis de emergência vigentes há 30 anos.

Segundo a emissora estatal de televisão do Egito, houve acordo sobre a alteração dos artigos 76 e 77 da Constituição, que estipulam os requisitos para ser candidato à presidência egípcia e o número de mandatos que o presidente pode permanecer no poder. Uma comissão de políticos e juristas deverá apresentar relatório sobre o assunto na primeira semana de março.

Apesar das novas concessões, dois grupos que participaram da reunião qualificaram o encontro apenas como o primeiro passo de um diálogo que ainda não abrange a exigência principal dos oposicionistas: a imediata deposição presidente Hosni Mubarak. Depois do encontro, Suleiman declarou que a saída imediata de Mubarak “geraria instabilidade no país”.

Comunicado divulgado após a reunião indica os acordos alcançados para “realizar a transição do poder de maneira pacífica conforme a Constituição”, embora não tenham sido divulgados detalhes sobre a transição. Pelo pacto, será formada uma comissão formada por representantes do Poder Judiciário e personalidades políticas que serão responsáveis por realizar um estudo e propor reformas constitucionais e jurídicas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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