Governo de reconciliação toma posse no Iêmen

O governo de reconciliação nacional do Iêmen, liderado pela oposição, tomou posse neste sábado na presença do vice-presidente do país, Abdrabuh Mansur Hadi, segundo comunicado oficial.

O gabinete de 34 ministérios, igualmente divididos entre o partido do presidente Ali Abdullah Saleh e a oposição, controlará o país em regime de transição por três meses, até a realização de eleições.

Saleh, há 33 anos no poder, promete renunciar após o período de transição. Hadi, então, assumirá a presidência interinamente por dois anos, segundo o acordo estipulado para tentar solucionar a crise política do Iêmen.

O acordo também dá a Saleh e parentes próximos imunidade contra futuros processos criminais por seu papel na repressão a protestos populares contra o governo. Centenas de manifestantes foram mortos e outros milhares ficaram feridos em enfrentamentos com forças de segurança desde o início dos protestos, em janeiro. A população iemenita rejeita a cláusula de imunidade e exige que Saleh seja levado a julgamento.

O acordo, por enquanto, não foi suficiente para conter a violência no Iêmen. Neste sábado, pelo menos 13 pessoas morreram durante um ataque de militantes ligados ao grupo fundamentalista Al-Qaeda a uma base militar na cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan.

Entre os mortos estavam dois soldados e 11 militantes. Outros 36 soldados ficaram feridos no ataque, segundo um militar iemenita que preferiu não se identificar. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

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